Publicidade

A trajetória do músico Anderson Tito dos Anjos revela o poder transformador da arte e da música na vida de crianças e jovens em Cuiabá. Desde pequeno, ele participa do Flauta Mágica, instituto cultural apoiado pelo programa Agrosolidário da Associação de Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja MT) há mais de 10 anos, e hoje é membro do Corpo Musical do Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso.

Tudo começou em 1998, quando o pequeno Anderson, de apenas 9 anos, ao lado de seu irmão, matriculou-se na primeira turma de flauta doce oferecida pelo Flauta Mágica. Recém-chegado à zona rural, ele enxergou nas aulas de música uma oportunidade inédita.

"Na época, a música era algo distante, mas assim que começamos fomos cativados pela flauta e pelo universo musical. Naquela época, não tínhamos acesso à música como temos hoje. Foi algo novo que logo despertou em mim um grande amor pelo instrumento", conta Anderson.

Com o instituto, ele visitou diversos lugares. Essas experiências o prepararam para desafios maiores, permitindo-lhe entrar no Corpo Musical do Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso, onde atua até hoje tocando saxofone alto. O Flauta Mágica não só lapidou seus talentos artísticos, mas também moldou sua ética e valores, ajudando-o a crescer pessoal e profissionalmente. "Agradeço à Aprosoja MT pelo tempo que já está conosco. São essas entidades que nos ajudam a manter vivas essas atividades. A música proporciona às crianças uma mudança de comportamento. Posso citar a mim mesmo como exemplo, pois eu era uma pessoa muito dispersa, especialmente nas aulas de matemática. E, quando você tem aula de música, pode ter certeza de que começa a desenvolver um pensamento diferente", diz ele.

Hoje, aos 37 anos, Anderson continua ligado ao Flauta Mágica, mas de uma forma diferente. Pai de duas meninas, de 16 e 7 anos, ele as incentiva a se envolverem com a música e a dança. A filha mais velha, Rafaelly Soares dos Anjos, vê na trajetória do pai um caminho de esforço e dedicação a seguir e considera o Flauta Mágica sua segunda casa.

“Sinto muito orgulho da pessoa que ele se tornou, das amizades que ele fez aqui dentro e que levou para a vida dele. Alguns jovens olham a música como nada, mas assim que você entra começa a pegar paixão pela coisa e vê que a música não é uma coisa pequena, é uma coisa grande. Não é só um simples instrumento. É estudo, é dedicação, é seu tempo ali. E é uma coisa que, com o tempo, você vai gostar muito de fazer”, relata a jovem.

Gilberto Mendes, maestro e fundador do Flauta Mágica, conta que criou o projeto pensando em suas experiências como músico na infância. Sem incentivo, ele foi autodidata e aprendia com os amigos. Já na juventude, conheceu um maestro em Minas Gerais que o ajudou com aulas de canto em um coral. Com o conhecimento adquirido em Minas Gerais, ele fundou o projeto e tem orgulho em dizer que hoje trabalha lado a lado com professores que já foram seus alunos.

“O Flauta Mágica é essa família que foi se construindo ao longo do tempo, unindo música e valores humanos, como o respeito aos pais e às famílias. Esses princípios são trabalhados de forma intensa e refletem nas apresentações em grupo e nos eventos públicos de grande repercussão. Já tocamos nas melhores salas de concertos do Brasil e do mundo, como Paris, Alemanha, Áustria, Estados Unidos. É um currículo repleto de grandes realizações”, diz o maestro.

Ele ressalta também que a parceria com o Agrosolidário abriu portas para que mais pessoas e empresas ligadas ao agronegócio conhecessem o Instituto, possibilitando diversos patrocínios para que pudessem se apresentar internacionalmente. O apoio da Aprosoja MT a iniciativas como o Flauta Mágica, através do programa Agrosolidário é essencial para promover a inclusão social e o desenvolvimento de crianças e jovens.

Publicidade